Europa 51, de Roberto Rossellini. Além de ser o maior cineasta italiano, o que não é pouco, é o divisor de águas do cinema. Aqui ele realiza sua obra-prima, algo intraduzível
Ordet, de Carl Dreyer. Conhheço pouca coisa de Dreyer, mesmo ele sendo tão admirado e respeitado. Esse filme de imensa experiência espiritual é considerado normalmente seu melhor. Ordet, além do mais, filma um milagre (como ninguém conseguiu fazer). Como traduzir um milagre em palavras? Deixemos de lado os racionalismos, os pragmatismos, etc,...O que é, é! A evidência absoluta do absoluto.
O Paraíso Infernal, de Howard Hawks. A obra-prima desse cineasta do ocidente e do oriente, também da mocidade, da vida adulta e da velhice, a um só tempo. Do classicismo e da modernidade, o mestre do requinte e da fineza absolutas, Howard Hawks.
Um Corpo que cai, de Alfred Hitchcock. A obra-prima do mestre absoluto Alfred Hitchcock, o gênio da encenação da metafísica cristã.
O Homem que matou o facínora. John Ford, o homem da poesia da simplicidade, dos homens comuns, da instauração do mito fundador de uma nação e também seu relativizador, o pai do cinema americano. Enquanto Hawks é o homem do refinamento absoluto, Ford é o ás da singeleza no cinema.Aqui, ele realiza sua obra-prima absoluta da maturidade. Esse filme questiona a concepção do mito do heroísmo na civilização.
O essencial, essencialíssmo dessa arte, encontra-se aqui!
Alessandro Coimbra
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